segunda-feira, 19 de novembro de 2012

DOM VITAL, EM PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO.

Aos 27 de novembro de 1844, nasceu Dom Vital no município de Pedras de Fogo-PB. Depois de uma breve passagem pelo Seminário de Olinda, viajou para a França, a fim de estudar no Seminário de São Sulpício. Em Paris, decidiu ingressar na Ordem dos Capuchinhos onde emitiu os primeiros votos a 19/10/1864 em Versalhes. Já professo perpétuo entre os capuchinhos, foi ordenado sacerdote em Matabieau no dia 02/08/1868. Voltando ao Brasil, iniciou seu ministério sacerdotal em São Paulo. Muito jovem, antes de completar 27 anos, foi indicado para Bispo de Olinda, sendo confirmado pelo papa Pio IX a 22 de dezembro de 1871. O papa enviou-lhe uma carta, animando-o a aceitar o bispado que humildemente recusara. Aceitando os conselhos do Santo Padre, sua ordenação episcopal deu-se em 17 de março de 1872, na Sé de São Paulo.

Tomou posse da diocese de Olinda, entrando solenemente na Sé de São Salvador, no dia 24/05/1872, estando presente Dom Antônio de Macedo Costa, bispo do Pará. Seu episcopado foi marcado por muitas tensões, sendo vivamente hostilizado pelos inimigos da Igreja e suas seitas secretas. Por defender a fé católica e as orientações da Igreja, foi preso pelo governo imperial e levado aos tribunais no Rio de Janeiro e condenado a 4 anos de prisão, não chegando a cumprir totalmente a pena porque foi anistiado aos 17/09/1875. Suportou com muita serenidade os sofrimentos e provações, defendendo sempre os direitos da Igreja e o seu ministério episcopal. Em liberdade, Dom Vital foi à Roma onde encontrou o papa Pio IX que o acolheu como filho e herói. Ainda voltou à diocese, mas muito debilitado, decidiu se tratar em Paris. O problema foi se agravando e aos 07 de junho de 1878, tendo visitado alguns amigos, Dom Vital ficou prostrado de vez. No dia 03 de julho, ele pediu para receber a Unção dos Enfermos. Ao receber o Viático, disse: Perdoo de coração aos meus inimigos e ofereço a Deus o sacrifício da minha vida. Veio a falecer santamente no dia 04 de julho de 1878, no convento capuchinho de Paris, aos 33 anos de idade, em consequência das provações porque passou e de um possível envenenamento misterioso, por parte dos inimigos da Igreja, membros de seitas secretas. As solenes exéquias e sepultamento deram-se no dia 08 de julho. Seus restos mortais foram exumados a 14 de junho de 1881 e trazidos a Recife, sendo depositado no dia 05 de julho de 1881 na Igreja da Penha do Recife. Iter para tutum era o seu lema episcopal. Assim terminou esse triste episódio, que é denominado a “Questão Religiosa”. Com ela, foram dados os primeiros passos para a correção de graves obstáculos ao florescimento da vida da Igreja no Brasil. Foi o início de um despertar.
(Extraído do boletim da Província Capuchinha do Nordeste)

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